CASO ARYANE: Em busca das últimas ligações

Polícia pediu a quebra do sigilo telefônico de Aryane para tentar descobrir com quem ela falou na noite do crime.

A polícia solicitou a quebra do sigilo telefônico da estudante Aryane Thaís Carneiro, 21 anos, encontrada morta há duas semanas às margens da BR-230. A delegada responsável pelo caso, Iumara Gomes, tenta estabelecer uma cronologia dos fatos da última noite de vida da jovem através da relação de pessoas com quem ela conversou. A medida também serve para checar a versão do principal suspeito do crime, o estudante de direito Luís Paes Neto. Ele garantiu ter estabelecido contato telefônico com a garota antes de encontrá-la em Jaguaribe e assegurou tê-la visto ao celular depois de se despedir dele. O inquérito também pretende descobrir se Aryane falou com mais alguém naquela noite depois de ter visto o universitário. O celular da vítima nunca foi encontrado. O sumiço atrapalha a conclusão da investigação.

A entrega do resultado dos laudos sobre a cena do crime, prevista para ontem, não ocorreu. A delegada aguarda os exames da Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) e da Gerência de Criminologia. A delegada afirmou, na tarde de ontem, que o prazo legal para conclusão do inquérito sobre a morte de Aryane é de 30 dias a partir do momento em que ela assumiu o caso (no dia 16 deste mês). Iumara aguarda o resultado oficial dos laudos médicos e criminais para dar seguimento ao processo, ouvindo mais testemunhas ou não. “Eu, mais do que ninguém, quero encerrar o caso até a próxima segunda-feira”, afirmou a delegada.

Até agora, o que a polícia tem de informação concreta são os depoimentos dos envolvidos no caso, o silêncio do principal acusado e o exame de DNA que confirma a paternidade do bebê esperado por Aryane. Aproximadamente 10 testemunhas foram ouvidas pela delegada Iumara. Entre elas, estão um policial rodoviário federal, a irmã de Luís Paes, a empregada da família, familiares de Aryane e comerciantes de Jaguaribe, bairro onde vítima e suspeito moravam.

Tumulto

O advogado de Luís Paes, Aloísio Lucena e a delegada Iumara Gomes têm travado um verdadeiro embate ao longo das investigações do caso Aryane Thaís. Aloísio acusa a delegada de tortura psicológica, de maus tratos do cliente e de gravar “ilegalmente” os depoimentos da defesa. A delegada rebate as afirmações dizendo que as condições da carceragem não são de sua responsabilidade e que a gravação tem respaldo legal. “O artigo 405 do Código Penal diz que posso registrar o depoimento em audiovisual”, defendeu-se Iumara. O advogado, quando indagado se as trocas de acusações não tirariam o foco da investigação, respondeu que a única coisa que deseja é “provar a inocência de Luís”.

À margem do tumulto que cerca o caso, parentes da jovem Aryane Thaís acompanham o andamento do inquérito através das informações colhidas pela imprensa e do contato entre o advogado contratado pela família, Huerta Ferreira, e a delegada responsável pelo inquérito policial. A irmã da estudante, Talita Carneiro, informou que já retornou ao trabalho. Mas comparece apenas em meio expediente. “Preciso dedicar muito do meu tempo à minha mãe. Ela ainda está muito abalada e recebe assistência médica e psicológica”, informou Talita.

1 Comentário

  1. José Antônio Gomes da Silva disse:

    Cássio nunca sentiu pena de Shaolin principalmente agora quando sabe que não vai assuir uma cadeira no Senado, ele quer quê, a Paraiba sinta pena por causa que já está de molho. Paraibanos veja o outro lado de cássio antes de que tudo se ele fosse bozinho já tinha sido diplomado ele só está de blam-blam-blam, por que ele não fala a verdade que não vai assuir o Senado vocês ficam só se emocionando a toa isto é muito ruim para a saúde é ou não é.

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